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Feminicídio na mira de Tamires Sampaio, do Pronasci. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/EBCFeminicídio na mira de Tamires Sampaio, do Pronasci. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/EBC

Falta de políticas públicas aumenta feminicídio

Quatro assassinatos de mulheres foram registrados por dia em 2022, sendo 30% com armas de fogo, cuja circulação aumentou no Brasil.

(brpress) – O Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres (25/11) chega acompanhado de dados assustadores no Brasil. A violência doméstica se agravou com  a pandemia de Covid-19, em 2020. Mas o fim do lockdown não diminuiu os casos de feminicídio. Em 2022, houve o registro de quatro casos de assassinato de mulheres por dia, sendo 30% com uso de arma de fogo, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). 

A coordenadora do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), Tamires Sampaio, ressalta que mulheres e jovens são os principais alvos  de violência armada no país– ou seja, o grupo mais afetado pela liberação indiscriminada de armas e munições pelo governo Bolsonaro.

A pesquisa do FBSP também mostra que todas as formas de violência contra as mulheres aumentaram em 2022 – ano em que cerca de 50.962 mulheres foram violentadas diariamente –, incluindo violência psicológica, física, sexual e diversas outras, quando comparadas a dados de2021.

Negras

A pesquisa do FBSP também mostra que as mulheres que mais sofreram violência em 2022 foram as negras, de baixa escolaridade e em idade reprodutiva, de acordo com uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Cerca de 45% das mulheres negras entrevistadas já relataram ter sofrido algum tipo de violência física ou agressão ao longo da vida, comparado com 36,9% entre mulheres brancas.

Quando falamos de casos de violência física severa, como espancamentos, 6,3% das mulheres negras afirmaram ter vivenciado esse cenário e 6,2% já foram ameaçadas com arma de fogo ou faca.

Políticas públicas

O aumento da violência contra a mulher e do feminicídio também foram discutidos no XV Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Fonavid), realizado em Porto Alegre (RS),

“Isso é um reflexo de um processo de falta de investimento em políticas públicas e combate à violência doméstica, que pode levar ao feminicídio”, afirma Tamires Sampaio.

Advogada especializada em  segurança pública, política criminal e racismo estrutural, Tamires está à frente da articulação nacional de um conjunto de forças de segurança lideradas pelo Ministério da Justiça para combater todas as formas de violência, sobretudo contra as mulheres. 

Capacitada

Feminista interseccional, militante do movimento negro e de juventude, em especial na pauta de educação, Tamires traz a experiência como secretária-adjunta de Segurança Cidadã em Diadema (SP), Também é pesquisadora sobre segurança pública, sistema de justiça criminal, racismo estrutural e genocídio.

Mestra em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo e egressa do International Institute for Genocide and Human Rights Studies em Toronto (Canadá), Tamires Sampaio também atua na Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) e é autora do livro Código Oculto: Política Criminal, Processo de Racialização e Obstáculos à Cidadania da População Negra no Brasil (Editora Contracorrente). 

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